Tuesday, January 31, 2006

O dono dos melhores trocadilhos do mundo

Em uma tarde de sábado em que chovia a cântaros no Rio de Janeiro, eu e Luizinho conversávamos sobre um milhão de coisas que eu já não lembro mais o que eram. A gente chegou duas horas antes da sessão do Odeon começar - por culpa minha - e aproveitamos o tempo livre pra falar de nada. Nossas conversas eram intermináveis e divertidas, e a gente não falava sobre amizade, nem sobre o mal estar da civilização, nem sobre o dia depois de amanhã. E era por isso que era bom.

Houve um tempo em que eu tinha companhia para qualquer programa, e o nome dessa companhia era Luizinho. Nós dois sofríamos de uma mega dor de cotovelo, cada um com sua história, até que demos um chute nos nossos corações partidos e voamos para a diversão. Em qualquer furada, o Luiz me acompanhava, e vice-versa. Chuva à tarde no Odeon. Churrasco em um sábado de 40 graus em São Cristóvão. Festa na casa de alguém que tocava violão e a gente rindo na cozinha e atrapalhando o sarau. Momentos, momentos...

E agora ele está na Suíça, fazendo pós-graduação, mestrado e doutorado, aprendendo com aquele bando de europeu um monte de conhecimentos que ele vem trazer pra América Latina - you suckers! - morrendo de saudades da namorada (e eu estava junto quando eles se conheceram), querendo rever amigos e alugar um quarto e sala no Flamengo; lendo o meu blog entre um experimento e outro; cada vez mais parecido com o cantor do Smashing Pumpkinks, só que um milhão de vezes mais simpático; passando frio e testando a vida de pobre na Europa - que é tipo a nossa de classe média brasileira; falando que eu tenho que casar com meu namorado só porque os nossos sobrenomes combinados são bizarros.

Ai, céus, como eu ando sentimental. Deve ser porque não fumo há umas 30 horas.

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