Wednesday, May 30, 2007

Inacreditável China

Dias desses eu fui parar no Centro Cultural do Banco do Brasil para ver a exposição da China. Caí de paraquedas, como sempre. Na verdade, ando tão por fora de qualquer evento cultural dessa cidade, que nem sabia que os chineses tinham invadido o CCBB, mesmo com todos os anúncios espalhados pelo Rio. Talvez por isso o efeito tenha sido tão intenso.

Eu tenho uma mania com exposições. Gosto de ir sozinha, porque quando estou acompanhada fico meio tensa, com medo de estar demorando muito em cada obra, ou indo mais rápido que os meus acompanhantes. No caso da expo da China, uns amigos me esperavam em outro ponto do centro cultural, de modo que eu vi tudo como se estivesse sozinha, e pude saborear a meu tempo todas as obras ali oferecidas.

Acontece que quando vejo alguma coisa realmente fascinante, tenho vontade de fazer um comentário em voz alta. Para alguém. Como que para dividir a grandiosidade daquele momento, sabe? E rolou essa história no meio do meu passei à arte oriental. Foi quando parei diante de um quadro a óleo que parecia uma fotografia. Não digo que parecia pela semelhança com o real, e sim pela técnica que o cara conseguiu produzir na sua tela. Ele deu à figura um brilho de impressão fotográfica! Fiquei totalmente de cara com aquilo. Como é que se consegue isso?

Devo ter feito uma cara tão idiota, que um senhor que também visitava a mostra comentou comigo: "Incrível isso, não é? Dizem que a pintura morreu, mas não morreu nada. Olha a prova aí."

Fazia tempo que eu não sentia a alma beijada. Acho que às vezes a gente se acostuma a levar uma vida sem satisfação de alma, apenas cumprindo compromissos e adquirindo aquele estado de dormência. Mas ao visitar a exposição da China, eu lembrei de tudo, da sensação de satisfação interna. Tenho uma certa pena de quem não consegue entender o que é isso. Porque é esse tipo de sentimento que faz o cotidiano valer a pena.

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Aliás, ontem caí de paraquedas, mais uma vez, em um showzinho mega ultra underground. E bom. De tudo, eu tirei a seguinte frase, que totalmente se adequa ao momento:
"Ano passado eu não morri, esse ano é que eu não morro".

Tuesday, May 29, 2007

Air! No Brasil!

Depois que vi o show do Daft Punk, comentei com um amigo: "Agora só falta o Air". Explico: é que já tinha assistido Chemical Brothers, no histórico show do (na época) ATL Hall, e naquela noite tinha rolado Daft Punk, e de todos os meus queridinhos eletrônicos só faltava a dupla francesa do Air pra eu ser uma pessoa total e absolutamente feliz.

De lá pra cá, mais Air na minha cabeça. Pocket Symphony é um disco lindo, e Mer Du Japon é tipo estar apaixonada por alguém. A mesma sensação. E Redhead girl eu disse por aí que é a minha música, só porque eu sou uma ruiva de farmácia assumida, desde os 16 anos, por aí. Só mudo o tom pra mais ou menos forte, dependendo do meu estado de espírito no momento.

Com o Air, tudo começou com Playground love. Ao contrpario da maioria, não foi amorà primeira vista quando ouvi Sexy Boy. Achei legal e pronto, mas estava numa fase ultra mega house (ai, ai, esses anos 90...), e aquele som do boooooyyyy tinha pouco groove pra mim. Na época. Mas quando vi Virgens Suicidas e ouvi Playground love, pensei: fudeu. E esse mesmo pensamento voltou à cabeça quando soube da vinda deles pro Brasil.

E depois vieram os medos (ai, ai, essas virginianas...). Medo de criar muita expectativa e não gostar do show. Medo de não conseguir ingresso. Medo de estar viajando na época do festival. Medo de um monte de situações absurdas, e que têm solução. Até a minha viagem fora de época - que é realmente possível - eu já sei como solucionar. Vai ser uma loucura, mas já me convenci de que isso é o certo: vou ver o show e depois pegar um avião direto de volta pra onde eu estiver. Quanto vale um show do Air, para alguém que sempre esperou por isso? Vale mais que uma passagem aérea.

De todas as poucas certezas que eu tenho, a mais interessante é a que diz respeito à minha vida careta. Não quero nem um drinkezinho nesse show. Nem uma vodka com coca-cola. Ele tem que ficar gravado na minha mente para sempre - assim como tantos outros ficaram, e que eu saboreio até hoje.

Monday, May 28, 2007

Fui citada...

...no blog da Kamille
Tá vendo, existem outras pessoas no mundo que falam do passado...

Sexta-feira, 4 de Maio de 2007

Os anos 90
Rodrigo Lariú (midsummer madness) e Gabriel Thomaz (ex-Little Quail, atual Autoramas) vão lançar fitinhas demos com versões raras pinçadas das demos de bandas do 'boom' do rock brasileiro nos anos 90, todas guardadas por Gabriel.Isso me deu uma nostalgia TÃO grande... Não sei se é o retorno de Saturno (também conhecido como proximidade dos 30 anos), mas me lembrei do tempo em que ia à Basement, à Dr. Smith, ao Circo Voador (que não era caro como agora e nós, estudantes de colégio ainda, podíamos freqüentar) e ao Humaitá Pra Peixe ver algumas dessas bandas da coletânea. Voltávamos pra casa de ônibus de madrugada. Não tinha tanto tiroteiro na cidade, ainda... Eu e minhas amigas (normalmente a Jô e a Bruna) passávamos o dia vendo MTV e ouvíamos a Fluminense FM. Usávamos camisas de flanela quando esfriava um pouco (só um pouquinho), comprávamos CDs importados 'piratas' (os chamados 'bootlegs') das nossas bandas preferidas, tínhamos mil furos nas orelhas. Ficávamos bêbadas rápido, escrevíamos frases dos nossos ídolos na agenda e tínhamos muito tempo livre.O momento nostalgia termina aqui porque acho superdeprê gente que acha que o seu tempo já passou e que antigamente é que era legal. Não é. Pra pessoas como nós, que temos sorte, o bom pode e deve ser agora. Por que não?
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Encontros e desencontros

Outro dia comprei o DVD do filme Lost in Translation, conhecido aqui como Encontros e Desencontros. Não gosto muito dos nomes brasileiros para filmes gringos, acho sempre que se perde um pouco do significado nessa nova nomeclatura. Não foi diferente com Lost in Translation, mas só outro dia eu realmente entendi porquê o longa foi batizado dessa maneira pela Sofia Copola.

Esse filme tem vários significados pra mim. A primeira história vem logo na sua estréia, quando um ex-namorado me ligou depois de assistir ao filme. Avisou: "Acabei de ver um filme que você vai gostar." Esses ex-namorados sempre acabam me sacando muito bem. Bom, pelo menos a maioria deles. Segundo ele, o filme lembrava a minha época nos Estados Unidos, quando eu ainda não tinha emprego e ficava longos dias vagando por Manhattan à procura do que fazer.

Parece absurdo não ter o que fazer em Manhattan. E é. Mas naqueles primeiros dias, eu vivia uma solidão que nunca tinha conhecido antes. Meu ex-namorado (o mesmo que me ligou depois da sessão, é claro) saía para trabalhar e eu ficava no apartamento, buscando um programa no guia turístico. Passava dias inteiros sem conversar com ninguém, mesmo dominando muito bem o inglês. Tinha vergonha de falar com sotaque, ou errar a gramática... Eram dias em que eu só ouvia a minha voz à noite, quando o namorado chegava em casa e a gente jantava juntos. Nas primeiras semanas, eu visitava muitos lugares e não sentia falta de conversa. Mas depois a coisa foi ficando complicada, e eu ansiava por ter o que fazer.

Mais um capítulo da síndrome da mulher de milionário.

Só que o filme vai além disso, dessa solidão no meio de situações fantásticas. Descobri revendo o filme, depois de ter comprado o DVD, que a falta de entendimento, o tal do lost in translation de que se fala, não atinge só as línguas diferentes da (linda) Scarlet Johanson e os japoneses. Existe também entre a menina e o seu marido, que não consegue entender o que ela está passando, tornando sua solidão ainda mais insuportável.

Até que aparece o coroa, que sabe exatemente o que ela diz. E então, a menina tem conversas e divide sentimentos como ela nunca conseguiu antes com seu marido. Por sua vez, o coroa também não tem com quem conversar até encontrar a menina. Os dois são salvos por uma comunicação só deles, que ninguém mais consegue entender. Aquela última cena em que a menina fala baixinho alguma coisa no ouvido do coroa, e que quem assiste não sabe o que é, é maravilhosa. Traduz todo o filme (com o perdão do trocadilho). A gente, aqui do lado de fora, pode até tentar imaginar o que é, mas a cena não foi feita pra isso, pra se buscar explicações. Foi o desfecho de uma linda história de amor.

Não dá pra sair ileso desse filme. Da última vez que assisti, chorei que nem maluca, eu mesma numa das maiores solidões da minha vida. Outro dia, emprestei o DVD para uma colega de trabalho assistir. No dia seguinte estava ansiosa para saber o que ela tinha achado. Ela me disse que achou o filme muito parado, muito lento... Que não tinha gostado muito. Eu respondi que deveria ter emprestado outros filmes com mais ação, e ficou por isso mesmo.

Essa colega de trabalho também não fala a minha língua. Estamos todos nos afogando numa sopa de letrinhas.

Wednesday, May 23, 2007

Pensamento puros e imundos

E, a partir de agora, todos os meus pensamentos serão puros. Está decidido. Eu fico assim pendulando entre o ser santa e o ser puta, eu e todas as mulheres da Terra, mas ainda não me decidi a qual caminho seguir. Todos os meus pensamentos serão sujos. Todos os meus atos serão imundamente humanos, baixamente animais, instintivamente. Este blog está chato demais, e mesmo assim os page views vivem aumentando, e a cada dia que entro no meu orkut (e só entro quando alguém me deixa um scrap; deus me livre daquele troço), o número de visitantes está maior. Virei, de novo, uma celebridade internética? Afinal, 16 acessos na home no orkut não é um número considerável? Nego tá lá pra ver as minhas fotos, ler os meus recados e fuçar os testimonials? Acho inacreditável, porque nada é tão interessante assim. Até a minha descrição, o tal do "about me", que eu achava genial, agora me cansa. Até porque em breve terei que mudá-lo, porque daqui a muito pouco sou uma balzaquiana completa. Vou bolar outra frase genial, tenho certeza. Sou boa em "about me"s de orkut, e em nomes para blogs. Sou boa quando não há uma comissão julgadora ao meu lado, obrigando a fazer sair uma idéia brilhante. É quando estou sozinha que as idéias brilhantes vêm. Na quietude, na solidão, só eu e meu computador. Ainda bem que aqui no trabalho tenho uma sala só pra mim. Ninguém vê o que escrevo, nem o que faço, e neste exato momento deveria estar fazendo um roteiro. Mas que preguiça. Já sai no piloto automático, e não há nada mais triste do que viver assim. Gosto das coisas organizadas até um certo ponto, e depois eu reverencio o caos. Gosto quando chego em um lugar e o acaso me contempla com detalhes só percebidos por mim. Saboreio o acaso. A japinha de ontem cantando "paraíba mulher macho" em japonês foi um brinde ao caos. Pena que eu estava de mau humor. O mau humor já foi embora, talvez porque hoje seja quarta, e amanha e depois de amanha e depois de depois de amanhã eu tenha festas imperdíveis para comparecer. Quem precisa de uma noite de sono numa situação dessas? Estou a fim de ver o que quero, na hora que quero, e nesse ponto tenho sido como um animal seguindo seus instintos. Mas seguro a língua quando quero mandar alguém tomar no cu, e sorrio quando tenho à minha frente alguém que me faz uma cara feia. É tão fácil desarmar as pessoas. Todas vêm com uma bula embutida, uma explicação de como usar, tipo remédio. Pra tudo tem remédio. O mundo dá voltas. Recuperei um amigo antigo que eu desconfio que está apaixonado por mim. Mas eu não estou por ele, então me faço de desentendida. Esse meu amigo, já fui louca por ele. Hoje não sou mais. E ele está tão desesperado de solidão que se agarrou ao meu braço. Eu deixo, porque ele me faz bem. Pergunto sobre o trabalho, sobre os sonhos e os planos. Ele tem uma namorada e diz que não gosta mais dela. Eu acho isso tudo muito triste, porque ele é um cara novo e bonito e muto inteligente, mas ele tem medo de ficar sozinho. Um dia eu disse a ele que ele não precisava de nada disso, e ele ouviu calado, não respondeu nada e não mudou. Não tenho mais o que oferecer a ele além desses conslehos vazios, conselhos dados como se a minha própria vida fosse uma sucessão de acertos e conquistas.

Oh, God. Esse blog está ficando muito pessoal.

Tuesday, May 22, 2007

Vida em ângulos

Como eu disse outro dia, a mesma situação tem efeitos diferentes dependendo do ângulo enxergado. Enfim, eu estava enxergando tudo torto, escrevi coisas no blog que não acredito mais. Pensei em deletar o texto anterior, mas deletar textos é meio que admitir uma mentira. Então ele continua ali, mas eu não acredito mais em nada daquilo. Amor não vira amizade da noite para o dia, eu não viro Buda da noite para o dia, eu continuo má de vez em quando, apesar de buscar a bondade sempre. Mas eu sou má, tenho raiva, tenho inveja, falo mal de aspectos absolutamente rasos das outras pessoas, sou um ser rastejante (já disse), uma farsa, em engodo. E mesmo assim, to aqui tentando ser sincera. Que risível!

Mas eu sou assim mesmo, fazer o quê. E ainda assim, sou melhor que a grande maioria que conheço.

Agora chega, porque estou atrasada pro show da Miho Hatori. Finalmente. Tenho mais o que fazer e pouca coisa para dizer nesse blog. Viva a vida rasa.

Friday, May 18, 2007

Vous est trés belle

É engraçada a cara de pena que os amigos fazem quando ficam sabendo que o meu namoro acabou. Alguns avisam que eu vou ter que me readaptar, e que existem novas regras de pegação, o que eu acho no mínimo curioso, porque parece até que, aos olhos deles, eu acabo de sair de um casamento de vinte anos. É claro que a readaptação existe mesmo, e é lenta e meio chata de aturar, mas essa situação não é exatamente uma super novidade pra mim. Prometo que vou sobreviver.

Outros amigos procuram em mim uma revolta pelo acontecido. Mais uma vez, explico que a revolta já veio e já foi embora, e o que sobrou agora foi só uma preocupação assumidamente egoísta com o meu umbigo. E de resto o que ficou foi um monte de lembranças legais, e outras não tão legais assim - mas essas eu deixo pra lá. Já não me dizem respeito.

Hoje mesmo estava ouvindo Air - semper air - e pensando na minha viagem pra Paris. Era meu primeiro dia na cidade, eu tinha passado no hotel, largado as malas, e já estava batendo perna pelas ruas. Devia estar com uma cara de total felicidade, porque um francês ignorou a presença do meu então namorado e falou pra mim: Vous est trés belle.

Não entendo nada de francês, mas essa frase eu pesquei muito bem. Acho que eu estava mesmo bonita, porque saltitava pela Place de Republique, com um casacão rosa que só eu usava (as pessoas lá não usam roupas coloridas no inverno, depois eu descobri. Todo mundo é muito sóbrio e chique).

Pode parecer justamente o contrário, mas quando lembro dessas histórias a dois, eu não fico com pena de mim mesma. Na verdade, eu sorrio. É que eu não consigo simplesmente varrer alguém que foi importante uma determinada época, e assim eu fiquei amiga de todos os meus ex namorados.

É tudo uma questão de continuar amando a mesma pessoa. Só que de outro jeito, entende.

Wednesday, May 16, 2007

Little earthquakes

Quando eu tinha uns 16 anos, ouvia Tori Amos o dia inteiro. Eu andava com umas meninas que jogavam RPG e liam Ane Rice, e usavam cabelos compridos e vermelhos, e freqüentavam a Dr. Smith aos sábados, vestidas de preto dos pés à cabeça. Em pouco tempo me tornei uma delas: lia Augusto dos Anjos (mas só os poemas famosos) e ouvia que ouvia a Tori, com um dicionário inglês-português nas mãos que era pra não perder nada das entrelinhas das letras.

E um dia as meninas ouviam "Little Earthquakes" e cantavam juntas quando comentaram: a Bruna não sabe o que são esses pequenos terremotos. E eu fiquei com raiva. Achei que estavam me discriminando porque eu era a do grupo que menos tinha experiência sexual (pra não dizer que não tinha nenhuma experiência sexual), e então protestei, mas sem grandes resultados. E fiquei me perguntando o que elas queriam dizer com aquilo de não conhecer os littles earthquakes da vida.

Mas hoje eu sei muito bem. Aprendi, eu acho. E vi que não tem necessariamente algo a ver com sexo - embora, às vezes, tudo isso esteja ligado. E de vez em quando eu canto mentalmente "hmm, these little earthquakes, here we go again". E o que me impressiona não são os pequenos terremotos em si, mas o "here we go again", porque agora eu sei que é assim mesmo, que uma hora a gente está lá em cima, e outra hora a gente está mais embaixo, e quem disser que não é assim está mentindo pra todo mundo - inclusive pra si.

E esses altos e baixos me levam a outra associação louca, que é a Roda da Fortuna, a carta do tarô que mostra mudanças e situações opostas. Na verdade, quando eu estou embaixo eu sempre penso: here we go again, vai passar -e depois, não é que passa? E aí eu subo de novo, feliz porque to subindo, embora as subidas sejam sempre mais demoradas que as decidas. Pelo menos, parecem assim.

Por outro lado, tudo é uma questão de ângulo. De posicionamento de câmera. Na minha profissão, você tem várias maneiras de gravar uma cena: mostrando a lata de lixo ao fundo, mostrando a rua, mostrando um jardim. O negócio é encontrar o ângulo que mais vai agradar a você. Como em todas as outras coisas.

Monday, May 14, 2007

Momento casa nova

Até o fim do mês me mudo. Com um certo medinho de dormir sozinha no apartamento de três quartos, que provavelmente só terá uma cama, uma TV, uma geladeira, um microondas e um fogão. E pronto. Vão ser dias de falar no telefone e sentir a voz ecoando em espaços vazios, e eu tenho um pouco de medo porque estou acostumada com casa cheia, gente vinte e quatro horas por dia, conversas no jantar, novela das oito assistida em conjunto, essas coisas. Mas, por outro lado, to bem feliz. Mais uma meta recebeu meu checklist mental.

2007, definitivamente, é um ano especial. Nem chegamos à metade e já tenho tanta coisa acontecendo em volta de mim, daquele tipo de coisas que faz você se sentir outra pessoa, sabe como? Nesses cinco meses fui contratada, recebi um aumento, fiquei solteira, emagreci uns 4 quilos de puro trabalho e agora estou a poucos passos de morar totalmente, absolutamente, on my own. Um brinde de vinho tinto a tudo isso.

E depois vem a outra metade do ano, 30 anos, projetos de parar de fumar e de retomar a academia, de fazer uma pós, ou de viajar pro Peru (a passeio, não a trabalho!). Tem limite o que a gente planeja? Têm fim as metas que a gente estabelece? Eu acho que não.
Ainda bem... Se não, morria de tédio...

Arco-íris goiano


Prometi, e aí está.