Não sei muito bem o que é o amor. Não imagino qual seja a diferença entre amar e estar apaixonada, nem entre estar apaixonada e adorar, nem entre adorar e ter inventado a adoração, só porque está legal assim. Já disse "eu te amo" sem amar realmente um milhão de vezes, porque tinha certeza absoluta de que um dia eu iria acabar amando mesmo. E já reneguei o amor do passado comparando com o relacionamento presente: "Agora sim eu estou com o amor da minha vida, antes eu achava que amava mas na verdade tudo não passava de uma construção da minha mente sempre pronta a ficar entediada". Já ouvi "eu te amo"s com uma semana de namoro, com um mês, ou só no término, depois de três anos de indas e vindas. Em todas, eu disse que amava também. Mesmo quando não amava (ainda).
E eu sei lá o que é o amor entre um homem e uma mulher. Sei lá se já amei de verdade alguém na vida, porque amor de verdade não deve ser esse estrangulamento absurdo que já senti no peito, esse medo desesperado de perder o objeto de desejo, esse frio na barriga e essa raiva porque eu queria mais e mais atenção. Isso não deve ser amor. Isso deve ser algum tipo de adoração quase religiosa, um culto que, obviamente, não pode ter final feliz.
Na real, nem sei se essa é uma reflexão que vale a pena. Porque o que conta é apenas o presente, certo? E no momento, eu amo. Infnito enquanto dure.
1 comment:
Você tem razão, não vale a pena mesmo. Até porque, o amor talvez seja um subjetivismo criado ou construido pela história de cada pessoa. Pra mim o amor é uma mistura de diversão e conseqüencia, e não uma ficção criada em livros de auto-ajuda. Portanto,... Eu te amo :)
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