Monday, August 20, 2007

Terê

No sábado eu tinha uma festa pra ir. Uma festa de aniversário, o que eu considero um evento sagrado, que deve ser cumprido. Mas ao invés de ir na festa que ficava a apenas alguns quilômetros da minha casa, resolvi dar uma passadinha em Teresópolis, onde uns amigos faziam (mais) festinhas e bebedeiras e tudo o que se pode fazer em uma casa na montanha. Então, às 5h da tarde, completei o tanque e caí na estrada, mesmo sem ter a mínima noção de qual era o endereço do meu destino.

Quando consegui chegar, já era noite. O grupo era dividido em duas partes: as pessoas que eu não conhecia e as que eu conhecia. E eu realmente adoro viajar pra um lugar onde não conheço todo mundo, porque, dessa forma, novas amizades são criadas no espaço de 48 horas.

Os que me conheciam me mimaram com um drink na hora da minha chegada. Fui recebida com vodca e coca-cola, iPods bombando e peixinho saindo da brasa. "Não podia ter feito uma escolha mais feliz", foi o que pensei naquele momento. E me preparei pra o que seria uma noite divertida e nada relax.

Digo que não foi relax porque não deu tempo. Levei o livro do século XXI pra ler e nem toquei no coitado, atazanada que estava por conhecer todas as histórias de todas as pessoas que estavam ali. Havia estudantes de cinema, advogados, microempresários e nerds de todas as categorias. E eu queria saber como é que as pessoas tinham ido parar ali, pra onde iam depois da festa, aonde gostavam de sair, qual era a banda preferida, qual foi o show mais maravilhoso que já viram, etc etc etc. Eu queria histórias.
Se tem uma coisa que eu gosto é chutar o balde e cair na estrada. Sem justificativa e sem amarras.

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