Monday, July 30, 2007

Convites

Quinta foi um dia estranho. Originalmente eu havia combinado de beber um vinho e comer um queijo lá em casa, porque estava dura como um coco e não queria gastar dinheiro. Mas acontece que uma das amigas com quem eu iria me encontrar estava enrolada no jornal (quem mandou ter amiga jornalista?) e avisou que só conseguiria chegar no Flamengo lá pelas 23h. A solução foi simples, dada pela segunda amiga da noite: vamos sair para tomar um chope enquanto seu lobo não vem.

E fomos nós para o Baixo. Há uns três anos eu não pisava no Hipódromo ou no Braseiro, por isso foi uma agradável surpresa perceber como tem meninos bonitos por lá. Quanto mais happy hour for o horário, melhores são os meninos. Depois das dez o clima vai ficando mais muvucado, mais adolescente, e aí já não tem graça. Bom mesmo é encontrar aqueles engravatados bebericando suas tulipas.

Mas só pra olhar mesmo, né, gente. É que adoro um colírio.

Quando eu achava que iria ficar no chopinho e nada mais, encontro a minha chefe sentada em uma mesa e cercada de amigos. Fui intimada a sentar e, como chefe é chefe, a gente obedece. Ela me apresentou rapidamente a toda a mesa, não guardei o nome de ninguém, e recebi um chope bem geladinho pra passar o tempo.
É que ainda esperava encontrar a tal amiga que estava no jornal.

Os minutos foram passando, e depois as horas. A mesa foi crescendo, crescendo, e os planos mudaram. Minha outra amiga, a que chegou comigo no Baixo, resolveu que era hora de ir para o Plebeu. Graças a um pedido charmoso, desisti de ir embora do BG, e fiquei para o que desse e viesse. E o que apareceu foi o seguinte: vamos terminar a noite no Clube Democráticos.
Já era meia-noite.

O Democráticos estava lotado, uma mistura de malandragem carioca (em menor número), juventude dourada pós adolescente (a grande maioria) e eu. É claro que ninguém ali se parecia comigo.
Eu aceitei todos os convites pra dançar (é desfeita dizer não), avisando que com certeza eu pisaria no pé do meu acompanhante. Ninguém se importou, mesmo quando eu perdia o ritmo. Foi bem divertido, tanto que a minha abóbora demorou para avisar que estava na hora de ir embora.
Quando percebi, eram quase 4h.

Corri pra casa de táxi, com um tremendo peso na consciência de como seria meu dia de trabalho na sexta. Deixei pra trás a minha chefe e todo o seu séquito, louca pra tomar um banho e cair na caminha.

Foi só depois de entrar no meu apartamento que percebi a mensagem no celular, enviada 3 horas antes:
"Vem pra Búzios amanhã?"
Respondi na hora: "Reserva aí meu lugarzinho"

E fui dormir feliz e muito cansada.

1 comment:

Anonymous said...

Po, sua vida anda uma dilícia, hein? Saudade de praia, Buzios, Baixo... E de mate.

Mas deixa estar, aqui ainda eh verao e está tudo azul e em paz. Tenho que aproveitar porque depois volta o inverno e aí que vai dar invejinha de vc, hahahaha