Wednesday, November 02, 2005

Viagem parte I - Fortaleza

A semana passada foi toda cearense. E, cara, como eu gosto do Ceará. Vai ver é porque uma vez tive umas férias maravilhosas em Jericoacoara, e em uma noite na boate moderninha de Fortaleza, o Órbita, eu fiz dezenas de amigos e levei todo mundo pro hotel onde eu estava hospedada, e a galera ficou em festa até que o recepcionista ligou pro meu quarto e disse que se aquele povo todo continuasse lá até depois das 6h, ele teria que cobrar uma diária de cada. Em questão de segundos coloquei todo mundo pra fora, com troca de endereços e emails e a promessa de manter contato. Óbvio que nunca mais falei com nenhum daqueles novos amigos.

Esse era um tempo bom, quando eu era jovem e podia fazer viagens deste tipo. Agora, passei por Fortaleza a trabalho mesmo. E cheguei do vôo e deixei minhas coisas no hotel e saí correndo pra gravar, como costuma ser no meu trabalho. Estômago enrolando de nervoso de não dar tempo de gravar tudo, filtro solar 15, óculos, boné e, mesmo assim, ombro vermelho à noite. E olha que eu adoro tudo isso.

Se bem que eu provei o mar do Ceará no meu segundo dia. Fomos gravar em uma cidadezinha chamada Paracuru, a 1h30 de Fortaleza, que é conhecida entre gente saudável como um windsurf spot. Depois que terminamos tudo, lá para as 5h30, corremos para a praia aproveitando os últimos resquícios de sol. 5h30 aqui já está quase escuro mas, em ,compensação, o dia amanhece bem cedo, tipo 5h da manhã. Ah, sim, e não tem horário de verão. Mas então, lá na praia, terminamos o dia mergulhados naquele mar delicioso, com tudo escuro ao nosso redor, minha bolsa jogada na areia e eu sem nenhum medo de que ela sumisse. Aquilo era Paracuru, pelo amor de deus, e só a empresa onde eu trabalho deve ter mais empregados do que aquela cidade tem de habitantes. E eu acho que todo mundo deveria dar uma passadinha lá pra ver como aquilo funciona.

Mas não é só isso, tem o povo também. Um povo sofrido pra caramba, que faz qualquer pessoa com crises existenciais se achar o ser humano mais ridículo da Terra. O nordeste - principalmente o Ceará - pode ser visto de duas maneiras: daquela em que você curte as praias, volta bronzeado e passa longe da realidade, ou aquela em que você perde o sono tentando imaginar como é que as pessoas daqui fazem pra manter o humor em certas situações. Eu, pra variar, to tentando o caminho do meio.

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