Tuesday, June 17, 2008

A louca vida uma produtora de reportagem

Tanta loucura rolando que não consigo mais atualizar o blog. Tenho mil idéias para posts que se perdem por aí, ou então que viram micro ensaios no Twitter. Mas a verdade é que nem do Twitter tenho participado muito, me contentando em seguir uns amigos aqui e ali.

O meu trabalho às vezes parece uma gincana. E mesmo assim, eu gosto. É uma espécie de masoquismo, mas eu adoro essa loucura de achar gente completamente diferente do habitual para participar de uma matéria na TV. Porque a televisão é um plus! Fazer matéria para a TV nem de longe significa fazer matéria pra jornal, em que o repórter conversa por telefone e acaba "preservando" muito mais o entrevistado. Televisão não tem dessa: quem aceita dar a entrevista tem que colocar a cara ali na telinha pra gente do Brasil inteiro assistir; tem que falar bem e ter todos os dentes (isso mesmo, entrevistado desdentado, só se for em matéria denúncia); tem que ser bem resolvido com as questões mais cabeludas (porque, obviamente, o repórter vai querer saber sobre os detalhes sórdidos). Enfim, tem que preencher um milhão de pré-requisitos e, ainda por cima, tem que ter a ver com a matéria.

De vez em quando mando uns emails para todos os meus amigos (mesmo os que nem são tão amigos assim, incluindo aí ex-namorados, ex-ficantes, ex-colegas de ex-trabalhos, etc) com pedidos insanos, do tipo: quem aí ainda tem gás natural em casa? Geralmente, já começo esses emails me desculpando. E o pior é que é sempre através dos emails que eu consigo chegar ao perfil que procuro.

Minha última tarefa foi achar um casal que seja casado e more em casas separadas. Estou procurando, ainda, com algumas possibilidades de sucesso. Já achei gente que não queria falar, já achei gente que queria falar mas que não agradou à alta cúpula da reportagem. Uma busca que deve agradar a gregos e troianos.

Bom, vou aproveitar pra buscar aqui também (se é que todo mundo que lê isso aqui já não está ciente) alguns dos personagens que procuro.

- Um casal que seja casado, tenha filhos e more em casas separadas.
- Uma mulher em torno de 65, 70 anos, que tenha se divorciado e só então começado uma carreira.
- Um casal homossexual que esteja buscando a dupla paternidade/ maternidade com os filhos adotados. E que tenha escolhido adotar uma criança negra, ou portadora de deficiência...

Isso aí, ta valendo a gincana. Quem responder por último é a mulher do padre. Um do lá si e já!

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