Monday, November 06, 2006

Leis de atração

Outro dia encontrei um amigo que tinha acabado de voltar de uma mega viagem de 45 dias pela Europa, e que estava engajado na onda de que a nossa mente nos proporciona tudo o que desejamos. Falou sobre um tal de Abraham Hicks, e de como a viagem dele pelo continente velho tinha sido uma viagem mágica graças à técnica do tio Abraham. Deu exemplos de situações em que o pensamento positivo determinou o final de feliz, como a vez em que ele foi ver um show totalmente soldout da Madonna (em alguma cidade que já não me lembro qual). Ele mentalizou e imaginou ele mesmo chegando na porta do teatro e encontrando alguém vendendo um ingresso de última hora. Pois bem, depois disso, meu amigo em carne e osso e espírito se encaminhou para a porta do mega evento até que, tcha-nan, esbarrou em um carinha que precisava vender a entrada do date que não viria mais. Meu amigo, na hora e lugar certos, fechou o negócio. "Foi a força do pensamento", ele me garantiu.

Tanto o menino falou que fui conhecer o trabalho de Abraham. Até aqui pude perceber que é uma técnica de mentalização que mistura meditação, alimentação regular e uma certa dose de religião. Mas pra quem quer desesperadamente encontrar alguma coisa para depositar a sua crença, Abraham Hicks pode servir. Como eu sou uma pessoa assim, desesperada por uma causa, assinei o boletim eletrônico de uma das páginas que visitei e respirei fundo. Vamos lá, vai que dá certo? Na pior das hipóteses, eu volto a ser o que era antes.

A primeira lição de Hicks para o mundo é: você atrai o que você pensa. Se você mira o pensamento em situações desagradáveis, você, inadvertidamente, irá trazê-las. Isso geralmente acontece quando você não sabe o que quer, e acaba se confundindo nos seus desejos. Mas ora, ensina o mestre, para saber seus verdadeiros desejos, basta que você se permita guiar pelos seus sentimentos. Sentimentos ruins significam que você lá no fundo não quer uma coisa, sentimentos bons significam que você está no caminho certo, atraindo boas vibes para si.

Parece simples, né? Pra mim, não é. Eu nunca sei direito o que eu quero. Eu sei muito bem o que eu não quero, e mesmo assim essa lista muda toda hora. E, às vezes, eu sinto algo ruim por alguma coisa que eu queria muito que fosse boa, entende? Como é que se faz desse jeito? Ignoramos e tentamos transformas as sensações?

Não desisti do Hicks. Apenas comecei. Duvido muito que ele vá me convencer a parar de comer carne vermelha bem sangrenta, ou a largar o cigarro, etc. Mas, de qualquer maneira, quero aprender a respirar antes de agir. A ter aquele segundo precioso que muitas vezes faz a gente segurar a onda. Ando partindo pro ataque com muita freqüencia e, apesar de sempre ter considerado este um ponto positivo, agora estou a fim de pegar mais leve. De ficar de bem com todo mundo. De ficar na paz.

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