Saturday, October 14, 2006

What have happened with Babe Jane?

Sábado à noite. Há seis meses eu estaria recebendo ligações de dez em dez, reunindo informações sobre os acontecimentos relevantes da cidade e repassando este conhecimento para frente. Eu era, sempre fui, alguém com informações. Alguém que recebia telefonemas de amigos que não me chamavam para sair, e sim para informar qual era a boa da data. Kinda sad, eu admito, mas não me importo muito. Eu sempre tinha o que fazer.

Não sei bem quando se deu a virada. Não vale ninguém falar que é porque eu estou namorando que a história de cair na gandaia desandou, porque o meu namorado é tão ou mais notívago que eu. Ou costumava ser, quando eu o conheci. E, por sinal, esse encontro se deu em uma boate GLS depois de eu ter bebido duas doses de cachaça em um festival de curtas, seguido de uns três copos de vinho numa festinha de despedida, até cair na inacreditável pilha das três da manhã: "vamos para o Dama!" E eu fui, porque essa era uma época em que eu fazia esse tipo de coisa. Nego chamava, eu já tava lá. Não precisava insistir. Quando cheguei na boate, pedi uma gim-tônica (para completar o cardápio alcóolico) e bati os olhos no Ninja. E então, é o que acontece até hoje.

Mantive a fama de menina noturna por bastante tempo, mesmo acompanhada. Mas agora parece que a preguiça venceu. Ontem estava tudo certo para sair e encontrar amigos de longa data, até que um cochilo estendido acabou com a noite. Hoje, estou esperando que alguém dê sinal de vida. Quase sucunbindo à segunda temporada de Twin Peaks, com ar condicionado e sem cheiro de cigarro dos outros no meu cabelo. Só o meu próprio.

1 comment:

maybe said...

Agora expande essa sua teoria pra vida. E veja como é impossível analisar tudo com os mesmos olhos dos 22. Tudo muda mesmo Bruna, o que fica é saudades. Foda.
Falta glitter. Aos 30 falta glitter. E quando a gente fabrica um pouquinho... todo mundo fica querendo. Mas isso só acontece em momentos especiais. Raríssimo.