Tuesday, October 10, 2006

Intensamente Bored

Hoje já estalei meu pescoço cinco vezes. Já corrigi a postura e rodei o ombro esquerdo que está doendo dez vezes. Já falei no chat do Gmail com umas três pessoas. Já escrevi uma pauta e dei um telefonema de trabalho. Almocei uma marmita mal recheada e ainda tenho fome. Ainda são 17h. Tem mais lá na frente. Li uma matéria sobre drogas e políticos italianos, fiz simulação para saber se posso comprar um quarto e sala no ano que vem (e descobri que não), encontrei amigas e bati papo, fumei uns cinco cigarros e agora o meu maço acabou. E eu não quero comprar outro.

Quando me vejo assim, esperando os ponteiros andarem, lembro da Lebre Maluca conversando com a Alice. Dizendo que não sei quem e o Tempo estavam brigados, depois que o não sei quem andou matando tempo. O Tempo briga comigo quando eu mato tempo. Não se deve matar o Tempo, é uma lição que a gente aprende mas não aplica, como aquelas de não furar sinal vermelho, não gastar dinheiro desnecessariamente e, é claro, não fumar.

Por outro lado, fico pensando que é melhor aproveitar a calmaria. Que daqui a pouco as coisas não serão tão fáceis assim e que vai ter muito trabalho sobre esses ombros que já doem só de sentar na posição errada em frente ao computador. Mas o porblema é que eu gosto dessa história de trabalhar muito. Eu gosto de acordar cedo e ir pra academia e depois chegar no trabalho e almoçar em meia hora e chegar em casa à noite e assitir novela sem prestar atenção em quem é quem. Mas isso, só ano que vem. Até lá, ombros doendo.

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