Tuesday, July 04, 2006

Paradinho

Quando a gente acha que não, acaba percebendo que sim. Que vem de onde não se sabe bem uma certeza e uma vontade de acreditar que vai dar certo. E vem junto com o medo. E fica assim, balançando, entre o "está tudo bem" e o "fudeu". Mas eu me recuso a pensar no "fudeu". De que me serve adiantar a catástrofe? Enquanto ela não vem eu concentro no lado bom, mezzo me enganando, mezzo colocando a prática do bem pensar em ação, para ver se a energia do cosmos acaba concordando comigo, percebe?

O fato é que agora eu quero que tudo dê certo. Quero muito, mais do que tudo. E aí, olha que estranho, tenho mais confiança no final feliz do que tinha quando estava tudo um mar de rosas. Pode isso? Uma pessoa que precisa de um quase "fudeu" para pensar no melhor? Pois é, esta sou eu, senhores.

Enquanto isso, releio emails antigos que eu tenho mania de guardar, ainda não sei bem pra quê. E descubro que é nas linhas passadas que está o meu coração piegas e brega. Tudo lá, intacto, congelado. Meu coração está pouco se lixando para seleções pseudo-hexas, CPIs que já nem sei o nome, contratos temporários x funcionária vitalícia. Meu coração pára onde não existe jornal.
E fica por lá. Paradinho.

1 comment:

maybe said...

Adorei "meu coração para onde não tem jornal"... beijinhos