Monday, May 16, 2011

Crônicas Visuais do Cotidiano













Estou absolutamente viciada e apaixonada por Instagram. Aquele aplicativo pro Iphone que permite que os usuários compartilhem fotos em formato quadrado, tipo Polaroid, com vários tipos de filtros que deixam as fotos charmosinhas. Graças a esse aplicativo, adquiri a mania de contar a minha vida em imagens e postar para que os meus amigos vejam como anda o meu olhar pro mundo. É como fazer um diário visual.



Quando eu era mais nova, muito antes da era dos celulares com câmeras digitais (quem eu quero enganar? Isso foi muito antes DAS câmeras digitais...), meu sonho era andar com uma câmera na bolsa clicando coisas e pessoas por aí. Até que eu ganhei uma Pentax K1000 - que eu ainda tenho, mas que não funciona - e passei a carregar na bolsa aquela mega pesada máquina fotográfica.



Mas naquela época eu fotografava o mundo. Eu gostava disso. De ficar procurando o melhor ângulo e o melhor enquadramento, e de ficar abrindo ao máximo o diafragma pro fundo ficar desfocado. tenho muitos registros da minha época de faculdade, quando as fotos digitais tinham péssima qualidade e ainda valia a pena fotografar com filmes.



Só que eu não tenho a mínima saudade dessa época. Porque com o meu telefone eu não só fotografo o que eu quero, como compartilho com quem quer ver. E eu gosto de fotografar o Rio. Tem sempre alguma coisa legal pra mostrar, alguma paisagem absurdamente incrível, ou alguma mania, alguma piada interna dos cariocas. O Rio é uma cidade cronicamente viável.



E aí que outro dia eu fui na Feira de São Cristovão, que é um lugar realmente incrível. E lá eu tirei uma foto Instagram, e postei no Facebook, e recebi os comentários por email que eu acessei do celular. A coisa começa e termina pelo meu telefone e é por isso, e por milhões de outras razões que não, eu não tenho a mínima saudade dos meus vinte e poucos anos.


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