O que eu não contava é que eu não ia entender nada. Nadinha. E que, o pouco que consigo acompanhar da história é graças aos filmes que assisti, e que me dão uma boa noção daquela ambientação.
No começo eu me senti muito burra, mas aí um dia encontrei uma amiga no ônibus, e comentei que estava lendo Neuromancer, quando ela mandou na lata que não tinha entendido nada também. Além de ser absurdamente confuso, o livro tem um vocabulário todo próprio, que só quem se formou em Ciências da Computação deve entender.
O pior é que a edição brasileira traz um glossário na parte final do livro que não serve pra absolutamente nada. Quer dizer, descobri o que era ICE pelo glossário, mas por que eles explicaram ali o que era Ganja? Quer dizer, todo mundo sabe o que é Ganja, não sabe? E é muito frustrante procurar palavras absurdas da história no glossário do final e descobrir que não existe uma explicação, e que a gente mesmo tem que ir sacando por aproximação o que o autor quis dizer. É meio como ler um livro em uma língua que você não domina muito bem.
Bom, vá lá, to insistindo. Que pra mim, desistir de um livro no meio é tipo a pior das tragédias. Eu abandono salas de cinema sem o menor pudor, mas parar de ler um romance sem chegar ao final é algo que não sei fazer. Então vai rolando assim, entendendo aqui e sem sacar nada ali, até que um dia a onda acaba.
O duro é aguentar o Mario Vargas Llosa novinho me olhando em cima da mesa. Tentador.
3 comments:
vc tinha que começar pelo phillip k dick....
Serio? Cara, sera que eu li e nao entendi e achei que tinha entendido? Porque sabe, eu acho vc uma pessoa muito inteligente. Mas ate hoje eu achava que tinha entendido Neuromancer.
Eu li uma traducao MUITO RUIM. Nao sei se eh a mesma que vc esta lendo, talvez isso torne a coisa mais confusa ainda.
Sabe, eu gostei de seu blog. Colocarei um link no meu, dê uma olhada quando puder : www.fatiadelimao.blogspot.com
Abs
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