Monday, July 07, 2008

Viajar é preciso

Fazem uns cinco meses que não viajo. Não conto as minhas idas a Sampa, cidade que já virou segunda casa, e onde muitas vezes nem saio do apartamento (nem do quarto) do Japanimation, enfurnada vendo séries e filmes downloadiados no estilo pirateiro de ser. Quando reclamo (reclamo?) que não viajo há cinco meses, me refiro àqueles retiros de fim de semana quebrando a rotina, em pontos em que o celular não pega, conhecendo gente e lugares novos. Adoro pisar em terras nunca antes pisadas (por mim).

Essa noite sonhei que ia para a Polônia a trabalho. Não sei por quê o país do sonho foi a Polônia: não tenho nenhuma vontade de conhecer esse lugar - por enquanto - e não há a menor possibilidade de eu viajar para o exterior a trabalho. Quer dizer, isso eu já não digo com tanta certeza, porque uma das características da minha profissão é justamente a imprevisibilidade de compromissos, o que tanto pode significar o cancelamento da minha festa de aniversário quanto uma viagem pra Nova York com tudo pago pela empresa. Essa última opção nunca rolou, mas quem sabe um dia?

A verdade é que conheci quase o Brasil inteiro por causa do meu trabalho. E conheci de uma maneira interessante, proque não foi através da visão do turista, mas sim através do povo que mora no lugar. Agora, tinha vezes que eu ficava com água na boca de visitar melhor a cidade que estava no momento. Porque, ao contrário do que alguns pensam, viajar a trabalho não significa fazer turismo de graça. Se trabalha muito mais do que em casa e, se dá tempo de passear um pouquinho, é só um pouquinho mesmo. Na Chapada Diamantina, eu ficava doída de tanta vontade de fazer aquelas trilhas. Em Itamaracá, eu não dei um mergulho naquele mar maravilhoso. Em Ouro Preto, nem rolou de beber uma cachaça mineira. Fiquei só na vontade, em todos esses lugares - apesar de tantos convites dos nativos para me juntar a alguma farra. Pena que não deu...

Quando eu viajava a trabalho, gostava de sentar no banco da frente do carro que nos buscava no aeroporto, para poder ver as ruas e as placas melhor. Pra mim, essa sensação de olhar pela primeira vez um lugar é incomparável. Até o cheiro é diferente. As pessoas na rua, a arquitetura, os sotaques. Eu gosto de reparar em tudo nesse primeiro momento em que, felizmente, sou uma etsrangeira. Porque depois esse momento vai embora e nós, também felzimente, passamos a fazer parte daquela nova paisagem, mesmo que por apenas alguns dias.

1 comment:

Dani said...

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