Passados alguns meses e muitos emails lidos horas depois do que todo mundo já tinha lido, eu me dobrei aos Iphones. Não que fosse preciso uma grande lista de razões para me convencer, mas o fato é que eu achava sempre que não tinha dinheiro pra nada, e que não poderia fazer parte do seleto e moderno grupo do I alguma coisa. Chutando um certo balde das minhas finanças, me dirigi à loja da minha operadora e pedi pro vendedor fazer todos os cálculos do que seriam, pelo menos, umas dez prestações.
Comprei um 3 GS de 16 giga, branquinho, a coisa mais fofa. Em dez vezes. Mas foda-se: agora, nas reuniões, o meu celular também estava em cima da mesa. Com personalidade, porque era o único branco e sem capa, e ninguém poderia ver que ele só tinha 16 giga, enquanto todos ali sustentavam os 32 gb. Rapidamente, eu me tornei uma usuária ainda pior de Facebook, Twitter, Gmail e o que mais fosse inventado. Baixava os aplicativos mais bombados e mandava emails assinados com "Enviado pelo meu Iphone" (depois eu apaguei essa assinatura porque fiquei com uma vergoinha).
Mas, meses depois, veio o Iphone 4. E agora, todos os celulares na mesa de reunião são quadrados nas bordas, enquanto o meu ainda é flat. Tenho certeza de que isso foi uma maneira da Apple me colocar no meu devido lugar. Pra me lembrar que que, não importa em quantas prestações eu pague, sempre vou estar um modelo atrás do último lançamento.
É o que eu sempre digo: tem gente que tem alma de Iphone 4, e conta de Iphone 3.
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