Meu trabalho está calmo. A conseqüência disso é que todos os dias eu tenho um pequeno evento para comparecer: penetra de vernissage no MAM, jantarzinho com amigos que moram em SP, chopes intermináveis, festas de aniversário. É uma lista infindável de festividades as quais eu compareço diariamente, a ponto de quase não usufruir da minha nova casita. O engraçado é que chega o fim de semana e eu não tenho o que fazer. Todos os meus amigos já cumpriram suas obrigações sociais comigo de segunda a quinta.
Na primeira semana de festinhas, eu me joguei. Achei ótimo, dizia que essa era a vida que eu queria. Na segunda semana, o entusiasmo diminuiu um pouco, mas eu continuava uma participante ativa das combinações por email coletivos. E agora, na terceira semana, eu tenho sono, muito sono. E quero logo uma noite em casa, vendo novela das oito, para poder recuperar as minhas energias.
Amigos que moram sozinhos há mais tempo que eu avisaram que essa empolgação é normal nos primeiros dias de apartamento alugado. Disseram que com o passar dos dias a coisa toda vai esfriando e, de repente, nos pegamos novamente jantando em frente à TV. No meu caso, jantar não é exatamente a palavra que descreveria a minha útima refeição do dia. Faz um tempo que o que eu como quando chego em casa resume-se a fatias de queijo brie ou camembert, e suco de uva. Um primor da boa alimentação.
Bom, as francesas fazem isso. E elas são magras, não são?
De qualquer maneira, talvez estejam chegando ao fim as minhas obrigações sociais de dias úteis. Mas, ainda assim, na quinta-feira outra amiga de São Paulo estará no Rio, e já convocou a minha companhia para uma noitada que, com certeza, vai acabar tarde.
Mas não se enganem. Esse texto não é uma reclamação.
Os anos passam e os comportamentos continuam os mesmos.
1 comment:
é como a lei do ócio de zander catta preta: quanto mais tempo livre você tem, menos coisas você faz de fato.
beijo
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