Eu nunca tinha conhecido nenhum suicida até ontem, quando soube que uma amiga havia se jogado do décimo andar de um prédio. Ao contrário do que a gente pode imaginar sobre pessoas que se matam, esta amiga não parecia deprimida ou desgostosa da vida, mas sim uma mãe coruja e esposa orgulhosa, inteligente e bonita. Pra mim, é difícil entender o que a levou a uma atitude tão drástica.
Daí eu fico pensando que deveria ter marcado aquele chope de que a gente sempre falava. De vez em quando eu passava pelo nome dela na lista do meu celular e pensava: tenho que ligar. Mas nunca liguei, e agora não ligo mais. Dá um puta arrependimento.
Depois eu fiquei o dia inteiro pensando nessa história, e até chorei um pouquinho, mais chocada do que triste (será?). Só que hoje já está tudo bem, a vida continua, e só de vez em quando eu me lembro dela. Tipo agora.
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